STF determina prisão imediata de Collor por corrupção após condenação na Lava Jato

STF determina prisão imediata de Collor por corrupção após condenação na Lava Jato

STF manda prender Collor: virada histórica na luta contra corrupção

O ex-presidente Collor de Mello, que fez história como o primeiro líder eleito no Brasil após a ditadura, virou alvo de uma decisão inédita: deve ser preso imediatamente por corrupção, segundo determinou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, em 25 de abril de 2025. O que pega muita gente de surpresa é que Collor, aos 75 anos, já carrega o peso de um impeachment nos anos 90, mas agora enfrenta a perspectiva real de encarar uma cela devido à condenação que veio à tona em 2023.

A história por trás da sentença é reveladora. Documentos oficiais apontam que Collor teria intermediado um esquema de propinas e lavagem de dinheiro relacionado à Lava Jato, com cifras que chegam a R$ 20 milhões. Segundo a acusação, o valor circulou entre 2010 e 2014 e teria servido para garantir contratos irregulares da UTC Engenharia com a BR Distribuidora, braço da Petrobras na época. Não por acaso, a Petrobras já foi palco de outras grandes denúncias — mas, desta vez, a escalada chega ao topo da política nacional.

Todos os olhos no Supremo: decisão ainda será referendada

Moraes destacou que a prisão se tornava inadiável depois de descartar o segundo recurso da defesa, que ele classificou como 'meramente protelatório'. Ou seja, tentou-se ganhar tempo, mas sem abrir brechas para evitar a execução da pena. Collor foi sentenciado a oito anos e dez meses de cadeia, mostrando que a Justiça decidiu não aliviar nem para quem já ocupou a cadeira mais importante do Palácio do Planalto.

A defesa do ex-presidente soltou nota demonstrando surpresa e preocupação, mas sinalizou que Collor vai cumprir a ordem judicial. O caso, no entanto, ainda precisa ser confirmado em votação pelo pleno do Supremo no dia seguinte à decisão de Moraes. O clima é de tensão: ninguém sabe se a prisão será imediatamente mantida, revertida ou adiada enquanto os ministros votam.

Vale lembrar que não é só o passado presidencial de Collor que está em jogo. Ele também foi senador de Alagoas por mais de uma década pós-impeachment, e sempre se manteve ativo nos bastidores de Brasília até se enrolar na Lava Jato. A operação, lançada pela Polícia Federal anos atrás, já abalou nomes de peso — inclusive o atual presidente Lula chegou a ser implicado e preso, o que ampliou ainda mais o alcance do escândalo.

  • Collor é o primeiro ex-presidente eleito a ser preso desde o fim da ditadura militar.
  • A condenação envolve recebimento de R$ 20 milhões em propinas, segundo o STF.
  • A decisão pode abrir precedente para outros nomes graúdos da política nacional.
  • O caso reforça o impacto da Lava Jato mesmo após quase uma década desde o seu início.

Para muita gente, ver um ex-presidente sendo preso era algo considerado improvável no Brasil. Agora, com a decisão do Supremo, a cena ganha contornos que misturam sentimento de justiça com desconfiança sobre os reais efeitos desse tipo de punição na política brasileira.

13 Comments

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    ITALO LOPES

    abril 26, 2025 AT 01:32
    Isso é o que acontece quando a impunidade vira regra por décadas. Agora que alguém de verdade caiu, todo mundo se assusta como se fosse novidade.
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    Pedro Rocha

    abril 26, 2025 AT 14:32
    COLLOR PRESO?????
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    judith livia

    abril 27, 2025 AT 23:28
    A gente viveu anos fingindo que política era um clube de amigos onde ninguém era punido. Agora o STF resolveu que o crime não tem cargo. E isso é mais importante do que qualquer discurso bonito sobre democracia. Se você acha que isso é exagero, lembre-se: o que aconteceu com Collor pode acontecer com qualquer um que roubou - e a maioria roubou. Não é vingança, é ordem.
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    Camila Casemiro

    abril 28, 2025 AT 01:19
    Eu sei que parece surreal, mas isso me deu um pouco de esperança. Não é perfeito, mas é um sinal de que talvez, só talvez, a gente esteja mudando. <3
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    Fernanda Cussolin

    abril 29, 2025 AT 00:20
    A justiça não é perfeita, mas quando ela atua com consistência, mesmo contra os mais poderosos, ela recupera sua legitimidade. Este é um momento histórico, e devemos reconhecê-lo como tal - sem exageros, sem negações. A lei vale para todos. E isso é fundamental.
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    Joseph Leonardo

    abril 30, 2025 AT 03:20
    Mas... e se for um erro? E se for uma arma política? E se ele for inocente? E se... E se... E se... E se... E se... E se... E se...
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    Matheus Fedato

    abril 30, 2025 AT 04:06
    A decisão do ministro Alexandre de Moraes está alinhada com a jurisprudência consolidada pelo STF em casos de corrupção passiva e lavagem de capitais. A prisão após o trânsito em julgado é constitucional, e a defesa de Collor não apresentou novos elementos que justificassem a suspensão da execução da pena. O precedente é claro.
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    Diego Gomes

    abril 30, 2025 AT 14:39
    Na África do Sul, Mandela foi preso. Na Índia, Nehru foi preso. No Brasil, Collor é preso. O que isso diz sobre o nosso país? Que aprendemos, mesmo que tarde, que ninguém está acima da lei. Isso é civilização.
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    Allan Da leste

    maio 1, 2025 AT 00:00
    Essa é a gota d'água. Enquanto uns roubam com a cara limpa e os outros sofrem com a fome, o sistema finalmente decidiu que um velho corrupto não merece um jardim de infância como cela. O que me indigna é que isso só acontece agora, depois de 30 anos de impunidade. Mas melhor tarde do que nunca - e agora, quem vem depois?
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    Joseph Sheely

    maio 2, 2025 AT 19:16
    Eu não acredito em milagres, mas acho que isso aqui é um passo. Um passo pequeno, mas real. Não é sobre o Collor. É sobre o que isso representa para o futuro. Se a gente continuar nesse caminho, talvez um dia nossos filhos não achem normal alguém com poder escapar da justiça.
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    Carmen Lúcia Ditzel

    maio 4, 2025 AT 04:11
    Isso me fez chorar. Não por ódio, mas por alívio. Porque por anos eu senti que a justiça era só para os pobres. Agora, finalmente, alguém que teve tudo... perdeu tudo. E isso é bonito. 💛
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    Willian WCS

    maio 5, 2025 AT 18:43
    A Lava Jato não acabou. Ela só mudou de fase. E esse caso prova que a operação não foi uma perseguição política - foi uma limpeza necessária. Quem ainda duvida, olha pra trás: quantos políticos que estavam no topo hoje estão na cadeia? Quantos estão livres por falta de provas? Não é perfeito, mas é o que temos. E é mais do que antes.
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    Bruno Brito Silva

    maio 6, 2025 AT 09:30
    A prisão de Collor representa a materialização do princípio da igualdade perante a lei, tal qual consagrado no art. 5º da Constituição Federal. A decisão judicial, embora polêmica, está fundamentada na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que, ao longo dos últimos anos, vem reforçando a inafastabilidade da responsabilidade penal para agentes públicos. A legitimidade do sistema jurídico depende da sua capacidade de aplicar a norma, independentemente da posição social do infrator. Ainda que o caso desperte emoções, o Direito não é um instrumento de vingança, mas de equilíbrio. E neste momento, o equilíbrio foi restaurado.

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