Mais um caso trágico de embriaguez ao volante sacudiu Brasília. Na noite de 15 de abril, Daniel Henrique da Silva, de 41 anos e funcionário do Banco do Brasil, atropelou Maria Núbia dos Santos Silva, de 53 anos, quando ela atravessava uma rua em Noroeste, região nobre do DF. O mais revoltante? Ele fugiu do local sem sequer tentar socorrer a vítima, que era trabalhadora doméstica e retornava para casa depois do expediente.
Daniel ficou foragido por quase uma semana até se apresentar à polícia no dia 21. Durante as investigações, ficou confirmado por laudos da perícia e exames toxicológicos que ele havia ingerido álcool antes de dirigir. A análise descartou qualquer falha técnica no veículo, reforçando que a responsabilidade pelo acidente recai mesmo sobre a conduta do motorista.
O caso teve grande repercussão. Principalmente após o Banco do Brasil, seu empregador, publicar uma nota repudiando o comportamento dele, deixando claro que as atitudes de Daniel eram individuais e não representavam a instituição. O banco demonstrou preocupação em afastar a imagem da empresa do crime, principalmente diante da comoção pública e dos debates nas redes sociais sobre as consequências do atropelamento trágico.
Familiares, amigos e movimentos sociais cobraram investigação detalhada e punição exemplar. Maria Núbia era conhecida pelo trabalho e simpatia, sustentando a família com muito esforço. Sua morte abalou a comunidade local e escancarou a vulnerabilidade de trabalhadoras domésticas, muitas vezes expostas a situações de risco ao voltar para casa à noite.
Após prestar depoimento, Daniel foi indiciado por homicídio qualificado, que prevê penas mais duras devido à fuga sem prestar socorro, e à embriaguez ao volante. O Ministério Público acompanha o caso de perto. Ele aguarda transferência para o presídio da Papuda, onde ficará à disposição da Justiça durante o andamento do processo.
O atropelamento fatal em Noroeste reacende o alerta quanto à impunidade envolvendo motoristas alcoolizados e fuga de acidentes graves. E deixa o questionamento: até quando as ruas do DF vão continuar sendo palco desse tipo de descaso?