ICMBio responsabiliza Exército por incêndio em parque nacional
Após meses de investigação, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) responsabilizou e multou a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), organismo do Exército Brasileiro, em um valor de R$ 6.531.000,00 pela devastação no Parque Nacional de Itatiaia. O incidente ocorreu entre os dias 14 e 24 de junho deste ano, envolvendo uma área de mais de 312 hectares, incluindo vegetação nativa e infraestrutura local. Esse episódio evidenciou desafios contínuos na segurança e preservação de áreas protegidas diante de atividades militares.
A origem do incêndio e o processo investigativo
O incêndio teve seu início identificado às margens de uma estrada, próximo a um comboio da Aman, devido ao uso de fogareiro e líquidos inflamáveis. O Exército estava realizando treinamentos de cadetes, algo tradicionalmente conduzido na região desde 1957. O ICMBio efetuou uma investigação detalhada, analisando dados meteorológicos, imagens de segurança e entrevistas com pessoas que participaram do controle das chamas. Inspeções suficientes foram realizadas, com o uso de drones para mapeamento preciso da área afetada, identificação de coordenadas geográficas e coleta de evidências.
Uma resposta rápida e a cooperação nos combates
Assim que o incêndio foi detectado, o Exército rapidamente notificou o concessionário do parque, Parquetur. Inicialmente, o Exército colaborou com os esforços do ICMBio para combater as chamas, fornecendo helicópteros e pessoal adicional para a tarefa. Todavia, a extensão dos danos e a demora na contenção do incêndio resultaram em reflexão obrigatória sobre o modo como atividades militares são realizadas em áreas ambientalmente sensíveis.
Impactos ambientais e ações mitigadoras
Além dos danos significativos à vegetação e a necessidade de fechar trilhas populares como a do Couto e Couto – Prateleiras, o incêndio provocou preocupação com a recuperação da biodiversidade local. Monitoramento intensivo da área queimada e análise dos impactos nas trilhas foram implementados. Além disso, houve avanço em discussões com o Ministério Público para a criação de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), buscando minimizar futuros impactos ambientais e cobrindo falhas nas permissões para atividades militares no parque.
A reação do Exército e o olhar para o futuro
A Academia Militar das Agulhas Negras afirmou que ainda não teve acesso completo ao material de investigação reunido pelo ICMBio e que a multa encontra-se sob análise pela União. Ademais, a Aman reiterou seus esforços e compromisso com a preservação ambiental, sobretudo no Parque Nacional de Itatiaia, onde atua há mais de 80 anos. Este incidente destaca não apenas os riscos associados a exercícios militares em áreas protegidas, mas também a necessidade urgente de práticas mais sustentáveis que conciliem segurança nacional com conservação ambiental. A busca por um equilíbrio entre sustentabilidade e defesa é vital para garantir que episódios como este não se repitam.
Mayara Sueza
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