Libertadores 2025: datas das semifinais, formato e onde assistir

Semifinais: calendário, formato e cenário dos confrontos

A reta final da Libertadores 2025 já tem calendário definido para as semifinais: jogos de ida entre 21 e 23 de outubro e partidas de volta de 28 a 30 do mesmo mês. Até lá, as quartas de final, que se estendem por setembro, vão filtrar os quatro sobreviventes que seguem em busca do título no Estadio Monumental, em Lima, no dia 29 de novembro.

O caminho até aqui foi comprido. A Conmebol manteve as fases preliminares no primeiro trimestre, concluiu a fase de grupos em maio e travou o calendário no meio do ano por causa do Mundial de Clubes. A competição continental retomou com os mata-matas: oitavas em agosto e quartas em setembro, deixando uma janela de três a quatro semanas para ajustes de elenco e logística antes das semifinais.

O desenho das quartas traz confrontos pesados e, por enquanto, vantagens magras que deixam tudo aberto. O Racing bateu o Vélez por 1 a 0 no primeiro jogo; o Palmeiras virou para 2 a 1 sobre o River Plate; a LDU Quito abriu 2 a 0 no São Paulo; e o Flamengo fez 2 a 1 no Estudiantes. Não há gol qualificado (o critério foi abolido pela Conmebol), então qualquer empate no placar agregado leva a decisão para os pênaltis ao fim do segundo duelo. Nas semifinais vale a mesma regra: dois jogos, sem gol fora e, se persistir o empate no geral, disputa de pênaltis. Só na final existe a possibilidade de prorrogação.

O mando de campo na volta segue o critério de melhor campanha acumulada — ou seja, o desempenho conta desde a fase de grupos. Isso recompensa regularidade e costuma pesar quando o estádio ferve. Em confrontos parelhos, ter o jogo decisivo em casa, com uma semana cheia de preparação, vira detalhe que muda série.

Outro ponto que mexe com as quartas e tende a se estender às semis é a diversidade de ambientes. A LDU, por exemplo, construiu sua vantagem sobre o São Paulo em Quito, a quase 2.900 metros de altitude, contexto que impacta ritmo e intensidade. Times brasileiros e argentinos que passam por viagens longas precisam administrar desgaste, conexões de voo e variações de clima. Com datas fechadas em semanas consecutivas, recuperar bem entre ida e volta vira missão técnica tanto quanto escalar e treinar.

O peso competitivo de 2025 também veio do pote 1. O atual campeão, Botafogo, abriu a lista de cabeças de chave ao lado de River Plate, Palmeiras, Flamengo, Peñarol, Nacional, São Paulo e o próprio Racing (semeado como campeão da Sul-Americana). Esse recorte explica a quantidade de duelos grandes já nas quartas e prepara o terreno para semifinais com ao menos dois gigantes do continente.

Horários oficiais das semifinais serão confirmados perto das datas pela organização e pelos detentores de direitos em cada país. A tendência é manter janelas noturnas nos mercados locais e evitar choques diretos entre jogos de enorme apelo, especialmente quando há clássicos regionais no caminho.

• Semifinais – jogos de ida: 21 a 23 de outubro de 2025
• Semifinais – jogos de volta: 28 a 30 de outubro de 2025
• Final (partida única): 29 de novembro de 2025, Estadio Monumental, Lima (Peru)

O palco da final não é desconhecido: o Monumental já recebeu a decisão de 2019 e tem estrutura para eventos desse porte, com grande capacidade, acessos múltiplos e experiência recente em operações de segurança de final única. A Conmebol mantém o modelo de sede previamente definida para centralizar logística, credenciamento e ações comerciais.

Onde assistir, ingressos e o que esperar das semanas decisivas

As transmissões da Libertadores são divididas por mercado. Os jogos das semifinais serão exibidos por emissoras e plataformas licenciadas em cada país — entre TV aberta, TV por assinatura e streaming oficial. A confirmação de cada partida (canal e plataforma) costuma sair na semana do jogo, após a definição de horários pela Conmebol e ajustes de grade das detentoras de direitos.

Como conferir onde assistir no seu país sem erro? Três caminhos funcionam: verificar a programação das operadoras de TV e plataformas de streaming licenciadas; acompanhar a agenda oficial publicada pelos próprios clubes nas redes sociais e nos sites; e checar a grade semanal divulgada pela Conmebol, que consolida partidas, locais e horários. Essas fontes cruzadas evitam desinformação e pegam eventuais mudanças de última hora.

Para quem acompanha do estádio, o processo também exige atenção. Semifinais têm alta demanda e a prioridade de compra costuma ser do sócio-torcedor do mandante. A venda geral, se houver, abre depois, e a carga para a torcida visitante é limitada por questões de segurança e segregação de setores. Regras de cadastro, meia-entrada e documentação variam por clube e por país, então vale conferir o protocolo local antes de se deslocar.

Em campo, a tendência das semis é de placares curtos e amarrados, muito estudo e foco em bola parada. Times que chegam longe na Libertadores sabem administrar momento e pressão de duas partidas. A ausência de gol qualificado muda a matemática: quando um time sofre um gol em casa, não precisa correr riscos desproporcionais para “devolver” a desvantagem. Estratégia vale tanto quanto talento.

Aspectos disciplinares também pesam. O acúmulo de cartões pode tirar titulares de um dos jogos, e decisões de bola dividida vão para revisão do VAR, já padrão no torneio. Com margens tão finas, uma expulsão ou um pênalti marcado após checagem de vídeo muda a rota de uma série inteira.

Do lado físico, as comissões técnicas monitoram minutagem e carga interna desde as quartas. Vem aí uma sequência de até quatro jogos de altíssimo nível em cerca de 20 dias (contando idas e voltas de quartas e semis). Equipes que conseguirem controlar lesões musculares e recuperar peças-chave entre um jogo e outro largam com vantagem. Trabalhos específicos de viagem e aclimatação — quando há altitude ou calor intenso — entram no planejamento.

Vale ficar de olho em possíveis reencontros históricos e narrativas que costumam rondar a Libertadores. Há rivalidades cruzadas de décadas envolvendo brasileiros, argentinos e uruguaios; há estádios que “pesam” em outubro; e existe a lembrança recente de decisões dramáticas resolvidas nos acréscimos ou nos pênaltis. A edição de 2025, com grandes marcas e elencos profundos, coloca ainda mais tempero nessas histórias.

Por fim, a decisão em Lima concentra todo o calendário para 29 de novembro, com operação à parte de hospitalidade, zonas de torcedor e credenciamento. Quem for viajar deve observar prazos de compra de ingressos, regras de bagagem e documentos para entrada no Peru. A Conmebol divulga mais perto da data informações sobre catracas, objetos proibidos e logística de acesso ao Monumental, que costuma ter malha de transporte reforçada no dia do jogo.

Até lá, o foco fica nos 180 minutos das semifinais. Entre outubro e novembro, o continente inteiro para para ver quem chega vivo à noite de Lima — e quem escreve mais um capítulo nas páginas mais intensas do futebol sul-americano.