Você já se pegou lendo uma frase que parece inofensiva, mas deixa um gosto amargo? Esse é o clássico comentário sexista – uma fala que reforça estereótipos ou diminui alguém por causa do gênero. Não importa se vem de amigo, colega de trabalho ou até de um desconhecido nas redes. O efeito é o mesmo: cria um ambiente hostil e impede a igualdade.
Não precisa ser um xingamento pesado para ser sexista. Às vezes, basta uma piada “engraçada” sobre a capacidade de uma mulher dirigir, cozinhar ou assumir cargos de liderança. Comentários que insinuam que homens são “naturais” em esportes ou que mulheres são “emocionais demais” também entram nessa categoria. O ponto chave é que a frase usa o gênero como justificativa para limitar ou ridicularizar uma pessoa.
A cultura ainda carrega resquícios de ideias antigas sobre papéis de homens e mulheres. Quando alguém repete um estereótipo sem pensar, está reforçando uma norma que já deveria estar no passado. As redes sociais dão ainda mais alcance a essas falas, permitindo que se espalhem em segundos. Por isso, entender a origem ajuda a desconstruir o hábito.
Mas reconhecer o problema não basta. É preciso saber como responder sem alimentar ainda mais a tensão. A chave está em manter a calma, apontar o erro e oferecer uma alternativa. Por exemplo, ao ouvir "Você é muito emotiva, deixa isso para os meninos", você pode dizer: "Na verdade, homens também são emocionais, e isso não diminui ninguém. Todos temos sentimentos, não é?" Esse tipo de resposta mostra que o comentário é inadequado e abre espaço para reflexão.
Se a situação for mais grave ou se o agressor insistir, vale a pena registrar a fala e levar a um moderador, chefe ou à autoridade competente. Em ambientes de trabalho, muitas empresas têm políticas de respeito e inclusão; usar esses recursos ajuda a criar um padrão de comportamento mais saudável.
Outra estratégia eficaz é promover a linguagem inclusiva no seu círculo. Use termos neutros quando possível, evite generalizações e incentive os outros a fazer o mesmo. Quando todo mundo começa a notar que palavras têm peso, o ambiente muda naturalmente.
Além disso, a educação continua sendo a ferramenta mais poderosa. Compartilhe artigos, vídeos e podcasts que expliquem o impacto do sexismo. Quando as pessoas se informam, deixam de ver o comentário como “brincadeira” e passam a enxergar o dano que causa.
Por fim, cuide de você mesmo. Comentários sexistas podem mexer com a autoestima e gerar ansiedade. Converse com amigos, procure apoio em grupos de apoio ou, se necessário, em profissionais de saúde mental. Lidar com o efeito do discurso é tão importante quanto combater a própria fala.
Enfrentar comentários sexistas é um esforço diário, mas cada atitude conta. Ao reconhecer, responder e educar, você ajuda a construir um espaço onde palavras não sejam armas, mas pontes. Então, da próxima vez que ouvir algo que pareça “normal” demais, pare, pense e aja. A mudança começa com a sua voz.
A cantora Taylor Swift foi alvo de um comentário sexista por parte do bilionário Elon Musk após declarar apoio à candidata democrata Kamala Harris na eleição presidencial dos EUA. A situação gerou grande repercussão e críticas dos fãs de Swift, destacando o desrespeito às mulheres no comentário de Musk.