Paulo Miklos: trajetória, músicas e impacto

Se você curte rock nacional, já deve ter ouvido o nome Paulo Miklos em algum canto. Nascido em 1959, ele cresceu em São Paulo num clima de protesto e experimentação que deu o pontapé para o que viria a ser a revolução do rock brasileiro nos anos 80.

Na adolescência, Miklos já tocava guitarra e bateria em bandas de garagem. Foi na década de 80, quando a cena punk ainda dava os primeiros passos na cidade, que ele encontrou os futuros integrantes dos Titãs. O grupo começou como um coletivo de amigos que queriam fazer barulho e, em pouco tempo, virou potência nacional.

Do punk ao rock: a história com os Titãs

O primeiro álbum dos Titãs, "Titãs", chegou em 1984 e trouxe faixas como "Sonífera Ilha" que ainda ecoam nas rádios. Paulo Miklos era o responsável por várias partes vocais, solos de guitarra e até pelos toques de saxofone que dão um tempero único às músicas. Ele escreveu ou coescreveu hits como "Epitáfio" e "Marvin", mostrando que sabia misturar letras introspectivas com melodias pegajosas.

Durante 20 anos, Miklos esteve presente nos shows mais marcantes da banda, de festivais gigantes a pequenas casas de shows em bairros. Seu visual estiloso – jaqueta de couro, cabelo bagunçado e óculos escuros – virou ícone e inspirou uma geração de fãs que ainda curtem vestir “look dos Titãs”.

Mas nem tudo foi festa. Em 2002, Paulo decidiu deixar o grupo para seguir caminhos diferentes. A separação foi amigável, mas trouxe dúvidas para quem acompanhava a banda. O que ele faria depois? Como manteria sua criatividade viva?

Projetos solo e atuação: além da música

Depois dos Titãs, Paulo Miklos mergulhou em projetos solo que mostraram outra faceta do artista. Em 2005, lançou "Paulo Miklos", álbum que mistura rock, MPB e experimentação eletrônica. Faixas como “O Futuro Não Existe” revelam um lado mais reflexivo e pessoal, afastado das explosões de energia dos primeiros anos.

Além da música, Miklos também entrou no mundo da atuação. Apareceu em novelas, filmes e peças de teatro, sempre trazendo o mesmo carisma que tem nos palcos. Seu papel em "O Palhaço" (2011), dirigido por Selton Mello, foi a prova de que ele consegue transitar entre diferentes linguagens artísticas sem perder a identidade.

Nos últimos anos, Paulo tem se dedicado a projetos colaborativos. Participou de shows beneficentes, produziu trilhas para documentários e até ajudou a mentorizar jovens músicos em escolas públicas. Essa vontade de retribuir à comunidade faz parte do legado que ele construiu ao longo de toda a carreira.

Se você ainda não conhece a discografia completa de Paulo Miklos, a dica é começar pelos álbuns dos Titãs, como "Cabeça Dinossauro" (1986) e "Õ Blésq Blom" (1989). Depois, jogue o "Paulo Miklos" (2005) na playlist e sinta a evolução do som. Cada música tem uma história, e ouvir o artista conta muito sobre a história do rock brasileiro.

Em resumo, Paulo Miklos não é só mais um nome nos créditos de um álbum. Ele é parte da identidade sonora do Brasil, um artista que soube se reinventar e ainda inspira novos talentos. Se quiser ficar por dentro das novidades, siga as redes sociais dele, acompanhe os lançamentos e, claro, continue ouvindo aquela velha "Sonífera Ilha" – porque algumas músicas nunca saem de moda.

Paulo Miklos, Ex-Vocalist dos Titãs, Está na UTI em São Paulo por Gastroenterite
13
dez

Paulo Miklos, ex-vocalista da lendária banda de rock brasileira Titãs, encontra-se internado na UTI do Hospital Samaritano em São Paulo devido a gastroenterite. Aos 65 anos, ele foi hospitalizado em 11 de dezembro de 2024 e está sob cuidadosa vigilância médica. Apesar da gravidade, há sinais de recuperação e múltiplas fontes confirmam seu estado de saúde.