Odete Roitman: quem foi a vilã que ainda faz o Brasil lembrar?

Se você já assistiu alguma novela dos anos 80, com certeza ouviu falar de Odete Roitman. Ela não era só mais uma personagem, virou um símbolo de poder, traição e drama. Mas, além do nome que grita nas fofocas de quinta-feira, quem realmente esteve por trás da figura e por que ela ainda causa tanto alvoroço?

Como nasceu a personagem

Odete apareceu pela primeira vez em Vale Tudo, novela exibida em 1988 na Rede Globo. O texto foi criado por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, que queriam uma mulher tão ambiciosa quanto os grandes magnatas da época. Para dar vida a essa mulher fria e calculista, escolheram a atriz Beatriz Segall, já consagrada no teatro e no cinema. O resultado foi uma combinação explosiva: a atuação impecável de Segall e o roteiro cheio de reviravoltas.

Na trama, Odete é a matriarca da família Roitman, dona de um império financeiro. Ela controla tudo e todos, e não hesita em usar chantagens, jogos de poder e até assassinato para atingir seus objetivos. O ponto alto da novela — e ainda hoje lembrado nas redes — foi o mistério de quem teria matado Odete. O suspense foi tão grande que a emissora chegou a marcar o horário de exibição nas telas de cinema para não perder nenhum detalhe.

Curiosidades que você provavelmente não sabia

1. A cena da morte foi filmada em apenas três tomadas. A produção precisava fechar a gravação rapidamente por causa da alta temperatura nos estúdios. Ainda assim, o efeito ficou tão impactante que virou referência para outras novelas.

2. O nome “Roitman” foi escolhido como uma brincadeira interna da equipe de roteiristas, que queriam um sobrenome que soasse aristocrático e ao mesmo tempo estrangeiro, reforçando a ideia de poder internacional.

3. Beatriz Segall recebeu 15 mil reais por episódio, um valor enorme para a época, mostrando como a personagem era central para o sucesso da trama.

4. Mesmo após a novela acabar, a frase “Quem matou Odete Roitman?” virou um meme cultural que ainda circula em grupos de WhatsApp e nas redes sociais, servindo como referência a qualquer mistério não resolvido.

5. O figurino da vilã — sobretudo os ternos e bolsas de luxo — inspirou tendências de moda nas lojas de alto padrão nos anos seguintes.

Mas Odete Roitman vai além da história de um assassinato. Ela representa o medo e a fascinação que a gente tem por quem tem poder absoluto. Em entrevistas, especialistas em mídia explicam que o sucesso da personagem está no jeito como ela rompeu o padrão da mulher submissa que prevalecia em novelas antigas. Odete mostrou que o poder pode ser exercido com inteligência, estratégia e, sim, com crueldade.

Hoje, ao assistir reprises ou ler resenhas, a gente percebe que a vilã ainda ensina lições valiosas: cuidado ao confiar demais, importância de ler nas entrelinhas e, acima de tudo, reconhecer que o drama está sempre à espreita nos bastidores do poder.

Se você ainda não conhece Odete Roitman, vale a pena dar uma chance à novela Vale Tudo. É um mergulho rápido na TV brasileira dos anos 80, onde cada cena ainda tem o potencial de surpreender. E se já conhece, talvez seja hora de revisitar a trama e descobrir detalhes que passaram despercebidos na primeira vez.

Em resumo, Odete Roitman é mais que um nome. É um marco cultural, um alerta de que o poder pode ser tão atraente quanto perigoso, e um exemplo de como uma personagem bem escrita pode viver muito depois que as gravações terminam.

Débora Bloch assume papel de Odete Roitman em regravação de Vale Tudo e reacende paixão por vilãs
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mai

Débora Bloch, reconhecida por sua diversidade em novelas e cinema, se prepara para dar vida à icônica vilã Odete Roitman na versão 2025 de Vale Tudo. A atriz, famosa por papéis marcantes e prêmios, promete surpreender uma nova geração ao assumir um dos personagens mais lendários da TV.