Você já ouviu falar de VAR e ainda tem dúvidas sobre como ele interfere no seu jogo favorito? Não se preocupe, aqui a gente explica de forma prática o que é, como funciona e por que virou parte essencial do futebol.
VAR significa Video Assistant Referee, ou árbitro assistente de vídeo. A ideia surgiu para reduzir erros claros dos árbitros em lances decisivos, como gols, pênaltis, cartões vermelhos e confusões de identidade. A FIFA aprovou o uso oficial em 2018, e desde então a maioria das ligas principais já adotou a tecnologia.
O sistema funciona com um time de árbitros assistentes em uma sala de vídeo, conectados a várias câmeras ao redor do campo. Quando o árbitro principal tem dúvida, ele sinaliza e o VAR analisa o lance em tempo real, enviando a recomendação de rever a jogada.
Na prática, o VAR só intervém em situações bem definidas. Primeiro, o árbitro principal vê um lance que pode estar errado. Ele faz um sinal de "cabeça para baixo" e pede revisão. O VAR então checa a imagem em câmera lenta, faz a análise e comunica se o árbitro deve mudar a decisão ou manter.
Se a revisão for importante, o árbitro sai do campo, olha para a tela na zona de arbitragem (o "monitor da caixa de revisão") e decide. Caso o árbitro concorde com o VAR, a decisão é alterada na hora – seja anulando um gol, marcando um pênalti ou mostrando o cartão correto.
O processo costuma levar de 30 a 90 segundos, dependendo da complexidade do lance. Essa pausa pode parecer longa, mas garante que o erro seja corrigido.
Por que alguns lances ainda são polêmicos? O VAR não é perfeito. Ele só pode revisar situações claras e óbvias; lances de interpretação (como faltas de “intenção”) ainda deixam margem para debate.
O VAR atrasa demais o jogo? A maioria das interrupções dura menos de um minuto. Ainda assim, federações têm trabalhado para melhorar a velocidade, usando tecnologia de replay instantâneo.
Como saber se o VAR vai interferir? Se o árbitro levanta a cabeça, já é sinal de que o VAR está analisando. Fique atento ao monitor na lateral do campo – é lá que a decisão final acontece.
Os números mostram que o VAR reduz erros graves. Por exemplo, na Copa do Mundo de 2022, apenas 13 decisões foram revertidas, mas todas evitaram resultados injustos. Além disso, a presença do VAR aumenta a confiança dos jogadores na arbitragem.
Por outro lado, críticos apontam que a tecnologia pode criar dependência excessiva dos árbitros, que deixam de tomar decisões intuitivas. Também há reclamações de que o VAR favorece times com mais recursos, por exigir infraestrutura cara.
O próximo passo são melhorias de IA que possam detectar automaticamente faltas e impedimentos, diminuindo o tempo de revisão. Alguns campeonatos já testam sensores nos calçados dos jogadores para medir contato.
Enquanto isso, a dica para torcedores é acompanhar as replays oficiais e entender que o VAR está aí para evitar erros grosseiros, mas ainda deixa espaço para discussões. Aproveite o jogo, curte a emoção e confie que a tecnologia está trabalhando para tornar o futebol mais justo.
O confronto entre Juventus e Cagliari terminou empatado em 1-1, revelando-se um jogo cheio de drama e controvérsia. A Juventus, que não havia sofrido nenhum gol no campeonato até então, concedeu seu primeiro durante esta partida. O VAR teve papel crucial na decisão de pênaltis e uma expulsão por simulação trouxe ainda mais emoção ao encontro, impactando a tabela do futebol italiano.